sexta-feira, 16 de abril de 2010

Conto: Zumbis Contra Vampiros (fragmento)


Noao não seseos sei como isso isso tudo começou. Não tennhthns tenho lembranças exst exatas. Apenm apenas srnso sons e imagens descnx descconexfl incertas. Sons e imagens incertas e um desejo constrsn constante. O que sei de verdv de verdade é que as coisas ficarmsk ficaram muito mais difíceis depois que tudo acontrc aconteceu. Mesmo agora as minhas mãos já não tem mais aquelrk aquela Cord enação coordenação de antes, quando meus dedos deslizavam por sobre o teclado e as palavras sir surgiam exact exatas no monitor; ou ao menos achs acho que deveria ser assim, digr digo isso olando paras os licvros espalhados pelo chão, todos cheios de paltr palavras bonitas e elstskrhas, pomposas sofrxticdas, diferentes dessas que escrevo agora. Sou ainda um escritr escritor, como acho que semprte fui, como tudo me leva a crer. Depoiis que tudo aconteceu, as coisas ficaram bem feias no início, e apenas com o tempo foram voltando a ser as meisrmas, não para os os... hummanos, quero dizer, não para os vic vivos. Somos compelidos por um desrjo desejo, impulsionados por algo que é muito mais do que uma simples fome. Não temos mais nada daquilo que tínhamos quendr quando estávamos vivos: código moral, regras sociais, religião, leis, status, hierarquri quia... ou qualqur coisa do tipo. Tudo aquilo que impelia os vivos em suas ações, tudo que motivava os seus comportamento, por mais bizrd bizarros que fossem; ficaram apenas para os vicv vivos.

Não sei como tudo corn começou, ao menos para nós. Para eles, não me importo em saber, assim como nunca soube quando estava vivo; só depois de tudo acontecer é que vim a saber da existência das coisas. No início éramos corrom compelidos por uma vontade incontrolável, e apenas comíamos, comíamos sem parar, dia e noite; comendo, comendo e comendo. Comíamos tudo o que se movia em nossa frente, se fosse de carne e se mexesse nós devorávamos. Comemos nossos familiares e nossos animais de estimação, depois os vizinhos e em seguida os desconhecidos. E assim foi, durante um bom tempo; fin ficávamos apenas vagando pelas ruas, sem uma direção certa, apenas procurado qualquer coisa que pudesse ser comida. Esse comportamento nos fazia parecer diferentes do que realmente somos, ao menos para eles, os vampiros, criaturas esnobes... Vagávamos pelas ruas o tempo todo, no entanto, foi ficando cada vez mais difícil encontrar o que comer. Os humanos, quero dizer, os vivos, eram nosso “prato principal”. Ah! Os humanos, tão tenros e macios... Pena. Com o tempo foi ficando cada vez mais difícil encontrar comida, principalmente humanos. Os porc poucos que restaram eram muito arredios, difíceis de pegar... eram muito raivosos, como bichos selvagens: os humanos e suas armas, sempre tentando fugir e nos matar. Acho que eles realmente não tinham se dado conta de tudo o que aconteceu, de como as coisas mudaram. Ainda, com toda a dificuldade de encontrar comida, ainda existia o problema dos vampiros, criaturas esnobes. No início, além da dighr dificuldade, em encontrar comida, tínhamos ainda que lidar com o problema dos vampiros, que, como descobrimos, estavam por todas as partes. Vampiros, essas criaturas esnobes, também se alimentam de humanos, quero dizer, dos vivos. Vampiros, assim como nós, só se alimentam de seres vivos, mas, diferentes de nós, só querem comer humanos. Se consideram sofisticados, seres de paladar refinado de mais para qualquer tipo de “sangue”; para nós isso não importava, tendo o que comer, comíamos. Mas com o tempo, foi ficando cada vez mais difícil encontrar comida, e os vampiros pegaram os poucos homens selvagens que restaram, os mesmos que tentavam fugir e nos matar com suas bombas e cras armas de fogo; uma pena, humanos! Tão tenros e suculentos!

No início apenas comíamos sem parar, impelidos por uma compulsão inexplicável, contudo, devido à falta de comida e as dificuldades proporcionadas por nossos concorrentes: os vampiros; deixamos de simplesmente ficar vagando sem rumo pelas ruas. Aos poucos voltamos a fazer as mesmas coisas que fazíamos antes de tudo acontecer, ou ao menos quase as mesmas coisas. E o mundo, destruído e caótico foi ganhando forma novamente, contudo, de um jeito diferente. As coisas dos humanos, digo, dos vivos, continuavam destruídas, dês de a época em que tudo aconteceu, e ia desaparecendo com o passar do tempo; outras iam tomando os seus lugares. Aghora existiam as nossas cidades, e as dos vampiros. Deixamos de simplesmente ficar vagando sem rumo pelas ruas a procura de comida e voltamos a fazer as coisas que costumávamos fazer, ou ao menos acho que sim. O lixo voltou a ser recolhido, construções voltaram a se erguer, eu voltei a escrever (ainda que nessa linguagem tosca e ultrapassada), fazendas voltaram a funcionar... construímos nossas criações de comida: ratos, coelhos e pequenos animaizinhos que se multiplicavam rápido (a medida que nossa fome exigia); depois, com a prática, passamos a cultivar coisas maiores: cães, gatos, porcos, cavalos...
Mas os vampiros, esses sim, conseguiram uma forma de cultivar humanos; humanos... apetitosos... Dos poucos humanos, digo, os vivos, que sobraram, que eles capturaram e escravizaram; desses poucos eles passaram a cultivar mais; passaram a fazer com que eles se reproduzissem em cativeiro e gerassem pequenos bebês... pequeninos e gorduchinhos bebês rosados; doces e tenros bebês. Agora, fiquei sabendo que a moda entre os vampiros é servi-los acompanhados de um bom vinho espumante. Iguaria para paladares refinados como os dos vampiros, a nós nos basta comer.

Um comentário:

  1. Esse é um trecho de um conto filosófico. Aproveitei o mote de vampiros apenas como sátira a todos esses livros que atualmente estão na moda. Nada contra Stoker e Rice é claro. Viva a literatura.

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