sábado, 8 de agosto de 2009

Soneto (Duas Partes)

Temo ainda o teu sorriso de inocência
Qual se o fio de uma espada fosse então -
Quando me rasga o peito, me divide o coração
E o lança na escuridão de sua ausência.

Pesso que o leves contigo... Pesso em vão.
Sei que insisto, e que te enfada a insistência;
É que me apavora ainda mais que a carência
Ser o vazio de ti minha prisão.

É que me abandonas assim e eu dividido
Pesso ao menos o que de ti há de sobrado,
Para repor o que de mim se foi perdido.

E o que me falta se por ti fôra levado...
E de ti deixado o que por mim foi acolhido...
Então seremos, de dois seres - um formado.

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