quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Soneto (Noite e Dia)

Ainda anseio outra vez o teu olhar
Que o meu coração febril cega... Seduz...
Quando num raio que a luz do sol produz
Vem à gruta de meu peito iluminar.

Mas se o luzir um dia em trevas se reduz
Põe-se ele, de amargura, a lamentar
Pois se em sombras for agora mergulhar
Melhor seria nunca houvesse visto luz.

Se em minhas sombras sua luz se irradia,
E em sua luz a minha sombra se ignora
No equilíbrio da mais perfeita alquimia...

A escuridão da noite então eu sou agora
E me completas, tu que és a luz do dia,
Para juntos nós formarmos a aurora!

(Escrito na mesma época que o anterior.)

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