terça-feira, 4 de agosto de 2009

Soneto (Frio e Fogo)

Não sei se habito a tundra gélida, vazia,
A ansiar pelo calor do sol luzente;
Ou se percorro, do deserto o solo ardente,
Esperando em vão, dos céus, a chuva fria.

Não sei se busco nos iguais o diferente,
Ou o que existe ao certo entre a noite e o dia.
E na angustia de saber - não saberia
O que procuro se o visse a minha frente.

Seja o vento feroz de um tufão...
Da magma pétrea o fogo abrasador...
Ou um mistério sutil do coração.

Se for frio - que aplaque o meu ardor;
E que me aqueça a alma - se for fogo então;
Mas... E se for... e se for, meu Deus, o amor?

( Escreví esse soneto a muito tempo atrás. Acho que ficou uma coisa meio barroca. Enfim... foi em uma época de incertezas e angustias.)

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